Nota do filme: C.O.G.

Não li o "ensaio" de David Sedaris no qual esse filme se baseia ou, se li, esqueci, mas já li Me Talk Pretty One Day e When You Are Engulfed By Flames. Minha impressão geral de Sedaris é que, embora engraçado, ele mal consegue esconder sua misantropia e gosta das coisas bem arrumadas. Um pouco arrumado demais, especialmente na última coletânea, em que cada texto termina como uma chave que entra em uma fechadura, quer abra a porta ou não.

C.O.G.
Dirigido por Kyle Patrick Alvarez
92 minutos, EUA, 2013

Informações

Publicado originalmente no Letterboxd, em 22 de setembro de 2013, sem curtidas.

Resumo da pesquisa do Google:

Decidido a reprimir sua homossexualidade, um universitário que abandonou a faculdade (Jonathan Groff) vai para o Oregon, arranja um emprego para colher maçãs e, por fim, encontra a religião.


Eu não li o David Sedaris "ensaio" no qual este filme se baseia, ou se o fiz, esqueci-me dele, mas li Eu falo bonito um dia e Quando você é engolido pelas chamas. Minha impressão geral de Sedaris é que, embora engraçado, ele mal consegue esconder sua misantropia e que gosta das coisas bem arrumadas. Um pouco arrumado demais, especialmente na última coletânea, em que cada artigo termina como uma chave que entra em uma fechadura, quer abra a porta ou não.

O diretor Kyle Patrick Alvarez reduz a misantropia, embora haja alguns personagens aqui que são realmente horríveis e que funcionam principalmente para que o privilegiado e bem-educado personagem principal, David, possa receber sua punição por ser, bem, tão privilegiado, educado e também surdo e sem noção. São como piadas pregadas em David, que se transformam em tragédias, mas depois em lições no caminho para que ele se torne um menino de verdade. É tudo muito mecânico e inacreditável, assim como a ideia de que ninguém que esteja assistindo consiga descobrir o significado do acrônimo do filme muito antes de ele ser revelado. Acho que devemos rir de David porque ele não conseguiu, mas eu só fiquei com a cara fechada.

A melhor coisa sobre o COG é a liderança Jonathan GroffO ator de Glee, que não é de forma alguma o radiante, ardiloso e insincero caso de armário que interpretou em Glee, mas cuja entrega gentil e discreta de piadas e revelações, nenhuma das quais é muito engraçada ou reveladora, mostra que ele tem alguma simpatia pelo personagem ? Eu não tinha ? e também pelo roteiro. Se ele tivesse sido menos sutil, a mecânica teria parecido ainda mais forçada.

Não sei como consegui passar por isso sem avançar rapidamente.

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