C.O.G.
Dirigido por Kyle Patrick Alvarez
92 minutos, EUA, 2013
Resumo da pesquisa do Google:
Decidido a reprimir sua homossexualidade, um universitário que abandonou a faculdade (Jonathan Groff) vai para o Oregon, arranja um emprego para colher maçãs e, por fim, encontra a religião.
Eu não li o David Sedaris "ensaio" no qual este filme se baseia, ou se o fiz, esqueci-me dele, mas li Eu falo bonito um dia e Quando você é engolido pelas chamas. Minha impressão geral de Sedaris é que, embora engraçado, ele mal consegue esconder sua misantropia e que gosta das coisas bem arrumadas. Um pouco arrumado demais, especialmente na última coletânea, em que cada artigo termina como uma chave que entra em uma fechadura, quer abra a porta ou não.
O diretor Kyle Patrick Alvarez reduz a misantropia, embora haja alguns personagens aqui que são realmente horríveis e que funcionam principalmente para que o privilegiado e bem-educado personagem principal, David, possa receber sua punição por ser, bem, tão privilegiado, educado e também surdo e sem noção. São como piadas pregadas em David, que se transformam em tragédias, mas depois em lições no caminho para que ele se torne um menino de verdade. É tudo muito mecânico e inacreditável, assim como a ideia de que ninguém que esteja assistindo consiga descobrir o significado do acrônimo do filme muito antes de ele ser revelado. Acho que devemos rir de David porque ele não conseguiu, mas eu só fiquei com a cara fechada.
A melhor coisa sobre o COG é a liderança Jonathan GroffO ator de Glee, que não é de forma alguma o radiante, ardiloso e insincero caso de armário que interpretou em Glee, mas cuja entrega gentil e discreta de piadas e revelações, nenhuma das quais é muito engraçada ou reveladora, mostra que ele tem alguma simpatia pelo personagem ? Eu não tinha ? e também pelo roteiro. Se ele tivesse sido menos sutil, a mecânica teria parecido ainda mais forçada.
Não sei como consegui passar por isso sem avançar rapidamente.